MARKETING DE GUERRILHA

Toda a gente gosta de uma história onde um pequeno lutador derrota um oponente maior e mais bem armado certo?

Quando um pequeno exército aproveita o seu reduzido número e a sua alta mobilidade para usar tácticas não convencionais e surpreender o adversário, chama-se Guerra de Guerrilha

Quando um jovem idealista surpreende o mundo inteiro com uma campanha de marketing que não custa praticamente nada mas que causa ondas de choque durante meses, chama-se MARKETING DE GUERRILHA.

• O recurso mais importante de uma empresa é a sua base de clientes. Por isso, se queres derrotá-la já sabes... Toca a roubá-la!!!
  
  
  
  À boa imagem do "David contra Golias", se não tens meios para os combater com as mesmas armas, opta pela "Guerrilha". Como?? É facil :)
  
  
  
  
  
  1 - Selecciona um segmento de mercado defensível e pequeno, para que não desperte a atenção dos "Gigantes"
  
  2 - Por muito sucesso que comecemos a ter, nunca nos devemos esquecer do que nos separa dos líderes do mercado. Se começamos a ter ilusões de grandeza, podemos ser derrotados
  
  3 - Devemos estar sempre preparados para uma retirada estratégica, se a isso formos obrigados
  
  

Mas como podemos definir então o "Marketing de Guerrilha"? Segundo o "pai" do "Marketing de Guerrilha", Jay Conrad Levinson, a "sua essência é a obtenção de objectivos convencionais, como o lucro e a felicidade, com métodos não convencionais, como o investimento de energia em vez de dinheiro".

Mas como as tácticas de Marketing de Guerrilha se tornam ineficazes assim que são conhecidos os seus meios e objectivos, os profissionais do sector estão sempre obrigados a manter-se em movimento e a mudar, seguindo as correntes que encontram, evitando a detecção e mantendo-se por novos caminhos.

Um dos primeiros exemplos de MARKETING DE GUERRILHA

Uma das primeiras campanhas conhecidas ocorreu em meados dos anos 80 e ficou conhecida como "Pagas-me um copo". "Atacando" em discotecas, os consumidores viam-se de repente abordados por mulheres bastante bonitas e atraentes, com a tradicional pergunta: Pagas-me um copo? À obvia resposta "Sim", a estranheza resultava do facto da jovem mulher insistir numa determinada marca, falando dela com enorme apego e paixão. Mas... de repente... a jovem desaparecia no meio da multidão, ficando o consumidor um tanto ou quanto confuso, mas com um desejo estranho de provar a tal Vodka.

Este método do "Pagas-me um copo" ainda hoje é utilizado. Por isso, quando forem abordados em discotecas pensem: Será que sou assim tão bonito ou alvo de uma emboscada???

Mas o Marketing de Guerrilha deve ser usado pelas grandes empresas, com orçamentos gigantescos??

Depende. Dada a sua enorme projecção, se a campanha não for extremamente subtíl poder-se-á revelar uma enorme parvoíce. Em tempos a Microsoft decidiu cobrir Manhattan com milhares de autocolantes de borboletas, com o objectivo de transmitir uma imagem de modernidade e criar impacto. A campanha foi repudiada pelos Nova-Iorquinos e a empresa foi mesmo multada pelo município local, tendo sido obrigada a retirar todos os autocolantes e a pagar uma multa. Mas se o objectivo da campanha havia sido criar impacto, sem duvida que a Microsoft o conseguiu. 168 repostagens foram exibidas sobre este tema e, de certa forma, trouxe consequências positivas para a empresa, apesar do fracasso da campanha.

Podemos usá-lo de algumas formas:

Marketing Viral - Usa as redes de comunicação existentes (uma pessoa diz a dois amigos, cada um deles diz a outros dois amigos e assim por diante). Não precisa de grandes investimentos. Caso seja para oferecer alguma coisa tanto melhor. EX: CONVITE PARA O GMAIL.

Marketing de Ambiente - Permite criar reconhecimento para a marca sem ter que empurrar os seus produtos directamente para o consumidor. EX: A INNOCENT, UMA MARCA DE BATIDOS LONDRINA, QUE FAZ AS SUAS ENTREGAS NUMA CARRINHA COBERTA COM ERVA VERDADEIRA, NÃO PASSANDO DESPERCEBIDA E NINGUÉM E GERANDO BUZZ.

Marketing de Presença - Aplica-se ao tornar a marca sempre visível, reconhecível e familiar. Pode ser conseguida através da colocação de produtos em locais estratégicos como feiras e festivais, por exemplo.

Marketing de Bases - Ao contrário do marketing de massas, o marketing de base dirige-se ao cliente individual, "falando-lhe" ao ouvido a não através de megafones. Procura construir relações e enfatizar a ligação pessoal.

Marketing Mural - Pode parecer antiquado mas pode revelar-se util. Consiste na colocação de flyers e cartazes para levar as pessoas a pensar que estão perante um acontecimento único, como um concerto, por exemplo.

Publicidade em pacotes de lenços - Criada para combater a fraca aceitação de flyers. Como nunca ninguém recusa um produto gratuito, a ideia era conseguir que a mensagem ficasse junto do consumidor mais tempo que o habitual.

Marketing de rumor - Técnica de marketing viral que tenta fazer com que cada encontro com o consumidor pareça uma TROCA DE INFORMAÇÃO ESPONTÂNEA E PESSOAL, em vez de uma calculada acção de marketing.

Astroturfing - A criação, dirigida de forma encoberta por profissionais contratados pela empresa, de uma corrente de opinião sobre um produto ou empresa, iniciada com testemunhos de consumidores inventados.

Marketing Alternativo - De difícil definição, podemos dizer que se trata de publicidade gratuita alheia à própria empresa, ou seja, aproveitar oportunidades criadas.

Marketing Experience - Procura proporcionar uma experiência, mais do que propriamente uma mensagem. Esta forma de marketing deixa o público interagir com o produto e associar as suas respostas emocionais imediatas com a marca.

RESUMINDO: QUEM NÃO TEM DINHEIRO, AFINAL, PODE TER VÍCIOS. USA A IMAGINAÇÃO E PARTE PARA A GUERRA, MESMO CONTRA OS MAIS FORTES PORQUE PODES SEMPRE VENCÊ-LOS!

(vê aqui com os teus olhos)

Principais vantagens: Oportunidade de criar um forte impacto a custos bastante reduzidos; derrotar o concorrente "gigante"

Principais desvantagens: Chamar a atenção de concorrentes mais fortes para segmentos de mercado até então mais "desprotegidos"; geralmente com aplicação desaconselhável por parte das grandes empresas.

Fontes várias web, livro Marketing de Guerrilha e produção própria